APRESENTAÇÃO

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Este grupo de trabalho (GT) é um convite para todas as pessoas que desejam somar na luta e aplicação de políticas públicas afirmativas para crianças y adultes TLGBTQIA+ do PiA, em específico sobre a participação e protagonismo de pessoas Trans e LGBTQIA+ desta edição. E de pessoas que desejam confluir com a valorização de nossos saberes e compartilhamento de materialidades de apoio para arte educação com diversidade.

 

O GT LGBTTQIAP+ é formado por pessoas cis e trans, não-héteras e héteras: Alex Barreto, Arthur Nesrala, Dida Genofre, Ian Muntoreanu, Joice Jane, John Halles, Karla Ribeiro, Louie Rodrigues, Mayara Andrade, Mar das Neves, Nata Neumann, Nunah Oliveira, Rosana Serra, Sonia Costa, Sthefan Leal, Suelen Ribeiro, Thais Oliversi, Vanessa Biffon, Veroni Vieira, Victor Cantagesso, Will Lima e Yara Lopes.

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HISTÓRICO

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Em 2021 aconteceu no PIÁ um coletivo (GT - Grupo de Trabalho) voltado a pensar dentro dos Programas as questões da comunidade TLGBTQIAP+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, queer, intersexo, assexuais, pansexuais +), além de lutar pela continuidade de ações afirmativas que possam, cada vez mais, incluir e tornar seguras as experiências de nossas crianças, adolescentes e adultes dentro dos Programas de Formações da cidade de São Paulo e de diferentes espaços da sociedade (intersetorial).

 

É importante não esquecer que essa organização e luta são históricas, dentro e fora dos programas, pessoas vieram antes de nós e outras ainda virão! Lutando pelo direito de vivermos plenamente nossas identidades de gênero e/ou orientações sexuais em toda complexidade de quem somos, assim como de entendermos que, reivindicar uma sociedade livre das violências de gênero e/ou sexualidade, não depende apenas de nós da comunidade, mas sim do compromisso de todes/as/os. Como disse Pepita, "é importante que as pessoas se coloquem 5 segundos no nosso lugar pra entender a verdadeira história da nossa vida".

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Apresentamos este breve histórico para retomar o fundamento do programa de #sankofa (proposto pela Coordenação Artístico-Pedagógica) para manter vivas as memórias de nossas ações durante esse ano.

 

Começamos, enquanto coletivo, refletindo sobre quais seriam nossos objetivos. Pensamos em ações e estratégias que poderíamos realiazr ao longo desta edição:

 

• Levantamento de pontos importantes para discussão da temática TLGBTQIA+ no programa PIÁ, na infância e adolescência, famílias e arte educação;

• Sondagem da quantidade de artistas trans* e TLGBTQIA+ no programa (* Levando em conta a inserção do nome social e auto declaração de pessoas trans no edital desse ano);

• Compartilhamento de materialidades de apoio para arte educação com diversidade;

• Construção de carta coletiva sobre a importância da temática da diversidade no Piá (@smculturasp e @educaprefsp);

• Criação de material institucional do programa justificando a utilização dos pronomes neutros e da linguagem inclusiva de gênero;

• Participação na semana de formação.

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Nos reconhecemos neste "GT", começamos nossas ações e entendendo que era sobre isso que nos movia a estar juntes, continuar e permanecer neste programa.

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Compartilhamos materiais artístico-pedagógicos que auxiliassem nos diálogos e experiências a partir das questões de gêneros e/ou sexualidades.

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No dia 26/07/2021 participamos com a proposta de bate papo "Pedagogiras, Golearidades e Sabenças TLGBTQIA+: Babado, confusão e gritaria" na II Semana de Formação - Sankofada PIÁ e Vocacional, que teve 82 pessoas presentes durante todo o encontro, dançando, registrando memórias, trocando experiências, dialogando sobre suas trajetórias, questionando quais meios de aplicação e implementação de políticas públicas afirmativas, propondo estratégias voltadas para as crianças e para participantes do programa.

 

Também realizamos o II Encontro TLGBTQIAP+ e fizemos uma relatoria coletiva para ser entregue como memória desse encontro. Daí surgiu a proposta sobre "monstruosidades" e aprofundamos as questões de gêneros e políticas públicas afirmativas. "Pode o subalterno falar?"

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No dia 10/08/2021 participamos também com uma grande gira de conversa do 4° Kuribingajana Pangu encontros de troca de sabenças que deu continuidade a nossa primeira ação. Neste encontro trouxemos algumas brincadeiras para serem apresentadas a artistas educadores do programa e que pudessem contribuir para a trajetória das pessoas presentes naquele encontro.

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Depois por diversas dificuldades que surgiram ao longo da edição tivemos nossos encontros ficaram mais espaçados, porém retomamos o desejo de registrar nossas memórias e então surgiu a ideia de participar do Chamamento "PIÁPURU- LIVRO BRINQUEDO, COMO VAMOS CONTAR ESSE TEMPO?". Então, propusemos uma brincadeira chamada "Nomes Monstruosos". Criamos um Museu de Personalidades LGBTTQIAP+ e brincamos juntes a partir dele. Lembramos do fundamento que a "monstruosidade" tem para a comunidade TLGBTQIAP+ e também de deixar nossas memórias vivas ao longo da linha do tempo do Piá.

 

Importante ressaltar que houveram outros GTs em outras edições do Piá, chamado "Lacração", infelizmente sabemos pouco e não tivemos pessoas envolvidas neste coletivo que pudesse nos trazer essa memória, tivemos poucos relatos. Mas exaltamos sempre no inicio e no fim a todes que vieram antes e o que virão depois.

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Em setembro após algumas trocas e desdobramento entre Piá e N'kinpa - Núcleo de Culturas Negras e Periféricas, foi feito uma formação chamada para "Labirinto Guiado" em reunião de articuladores regionais, articuladores de áreas e coordenação. O material propõe um percurso e jogos voltados para a antologia TLBGTQIAP+ e acessibilidade. A material também foi apresentado para algumas equipes do Piá.

 

Como encerramento desta edição, decidimos deixar registrado nossas ações e materialidades, ao fim deste "catálogo" deixaremos "material suleadores" (que compõe um dos fundamentos proposto nesta edição pela articulação de área artístico-pedagógica).

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Por fim, compartilhamos referências, contatos para o acesso ao cuidado com a saúde mental, conversamos sobre nossas vivências em um momento onde o "nós" foi tirado de nós pela necessidade do distanciamento social. Dividimos perspectivas e angústias. Nos fortalecemos!

 

Chegamos até aqui e iremos permanecer com memórias boas, apesar de mais tempos difíceis, porém histórico! Celebramos a vida!